24 março, 2019

Pão e Rosas: a desigualdade não para de aumentar



Tem muita intermediação para eu chegar onde pretendo: mais lições sobre a falta de racionalidade que envolve as sociedades em que impera a desigualdade econômica e social.

Primeiro: pão e rosas é o slogan de inúmeros movimentos anti-establishment dos EUA.

Segundo: "no capitalismo, tudo vira mercadoria, inclusive a honra". Não duvido, mas parece que meu poder de chocar-me não é suficiente para me ajudar a dar sugestões concretas para acabar com a desigualdade. No caso, os dois frascos que já contiveram água ou refrigerante viraram a base de construção de uma "sandália havaiana". Ao lado esquerdo a foto recente que colhi do mural do Facebook do prof. Jorge Ussan. É incrível que aquele chinelo do lado direito da montagem que fiz virou mercadoria, de alguma forma chegou às mãos daquele menino e serve para simular possivelmente um telefone celular setado para imortalizar um selfie do grupo.

Terceiro: depois de muito sofrer tentando entender o drama daqueles jovenzinhos que todos, todinhos, parecem muito felizes com a brincadeira inventada. Lembrei de brinquedos imitando telefones celulares de verdade e da alegria que provocam em crianças de certa idade.

Quarto: não consigo entender como é que neo-liberais e mesmo muitos libertarianos acham possível dar um jeito no planeta sem políticas igualitárias, sem o emprego público, sem fake-jobs, sem o gasto público em educação e saúde, segurança e cuidados ambientais, e mais outros bens de mérito e públicos. Em outras palavras, imagino que todos desejemos ver um mundo melhor em que essas duas fotos que colhi daqui e dali sejam apenas cena de filme ou caricatura de uns tempos sombrios, já superados.

DdAB
P.S. Eles dizem: "bread for all, and roses too".

A imagem pode conter: 5 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e atividades ao ar livre

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