01 abril, 2018

Fake News: uma abordagem aplicada

Querido Blog:

Site do jornal Zerro Herra:
A maldade dos capitalistas e das garras do sistema financeiro internacional dá novas e inequívocas evidências de sua ação fétida e sensaborona no mercado australiano de bananas. Uma constatação aparentemente casual levou à utilização de sofisticados meios de produção de ciência e tecnologia. O businessman Roscoe S. Babbitt, acordando no domingo de páscoa de com péssimo humor, pois não recebera os presentes que esperava, descascou uma banana, que iria adicionar a seu tradicional sucrilho de ingesta em jejum (fast) contido em pacote de papel produzido pela Cia. Suzano de São Paulo - Brazil - e contendo milho transgênico chines, constatando que praticamente havia mais casca do que polpa. 

Mal-humorado que estava, ainda assim, evocou o desperdício que sempre denunciou na produção de melancias, cujo peso da cascka verde (green) e do envoltório branco da polpa vermelha e das sementes, o conjunto inteiro contendo mais de 90% de água, cujo gasto em transporte mostra-se redundante. Desde que concluiu seus estudos de primeiro grau, o sr. Babbit pensava que, quando se graduasse em engenharia química, iria fazer melancias de pacote, como o leite em pó e as alpargatas, desidratando apenas a parte vermelha da polpa e depois dissolvendo o conteúdo do citado pacote em uma vasilha com quantidades compatíveis d'água.

Mutates mutandes, pensou que talvez a banana que estava ingerindo poderia ter um segredo para elevar a rentabilidade dos produtores que seria inefavelmente transferida para os comerciantes e , deles para os bancos, caso o custo de produção de engordar a casca fosse inferior ao de elevar o conteúdo de polpa por unidade de casca. Com a ajuda de deputados e juízes de seu país, usou créditos governamentais a fundo perdido, conveniando-se com a Universidade da Islândia (de PIB per capita de US$ 60 mil e índice de Gini de meros 0,24 - em contraste com o PIB per capita brasileiro de R$ 10 mil e Gini de escabelados 0,5) para desenvolver protótipos de banana de estufa do Jardim Botânico de Reiquijavique com enorme conteúdo de casca, minimizando a polpa e economizando 50% do custo de produção.

Uma das moralejas desta postagem do primeiro de abril, simultâneo com o coelhinho da páscoa é que devemos ter cautela com tudo aquilo em que passamos os olhos. A paralaxe tá aí mesmo, as fake news também, os hoaxes, da mesma forma. E até o Caetano Velloso: a verdade é que o coelhinho - sendo uma entidade de ficção -, no primeiro de abril, aparece como verdade verídica, que nos dá o avesso da verdade. O avesso do avesso é que a fake news é que o coelhinho é falso. Vai saber.

E ainda temos a transcrição de um trecho espetacular selecionado por Soraya Cortes no capítulo que escreveu especialmente para o livro

BERNI,Duilio de Avila; FERNANDEZ, Brena Paula Magno orgs. (2012) Métodos e Técnicas de Pesquisa - Modelando As Ciências Empresariais. São Paulo: Saraiva. (Cód: 4086684)

A autora cita uma série de lugares comuns em que todos acreditamos sem pensar muito, como, por exemplo, que os soldados brancos americanos na II Guerra Mundial sempre se mostraram mais corajosos que os soldados negros. E ainda várias outras asserções igualmente "óbvias". E qual era a realidade? Era o contrário: negros eram mais corajosos, e por aí vai Vega.

DdAB
P.S. às 15h32min de 10 de abril de 2018, tive um insight que pode salvar a humanidade. Precisamos ter cuidado em repassar notícias fake, pois nossa credibilidade vai-se junto com as mentiras, inverdades e dubiedades que, deste modo, são repassadas. Acabo de perceber que minha credibilidade nas postagens de um amigo está minguando como 2 e 2 são quatro duplas.

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