23 julho, 2016

Rorty, Mujica e a Idade Média


Querido diário:

Amado por uns, criticado por outros, Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguay, afirma que "não devemos esperar que os professores consertem as falhas na educação dos filhos". É uma verdade antiga que, quase sempre, vale para os outros, mas não vale para os nossos (hehehe).

O próprio Mujica monta o elenco. 

"Em casa se aprende a: cumprimentar, falar obrigado, ser limpo, ser honesto, ser correto, ser pontual, falar bem, não xingar, respeitar os semelhantes, ser solidário, mastigar com a boca fechada, não roubar, não mentir, cuidar das próprias coisas e das coisas dos outros e ser organizado".

A escola, na visão do genial uruguayo, é o ambiente em que se deve aprender Matemática, Português, Ciências, Geografia, Inglês, Geometria, também havendo espaço para o reforço dos valores familiares. Agora, otimismo de lado, também sabemos e podemos esperar desvios no meio do caminho, pois obviamente a educação não é ciência exata.

E Richard Rorty? Diz que, no ensino pré-universitário, devemos aprender conhecimentos básicos e boas maneiras (por favor, obrigado, desculpe, sinto muito), ou seja, promover a socialização da criança e do adolescente. E no ensino superior? Avançar daqueles conhecimentos básicos, levando o estudante a alcançar profundos níveis de reflexão e mesmo começar a deslocar-se para nichos do saber em que se sentirá irremediavelmente sozinho.

E a idade média? Tinha aquela viagem iniciada na antiguidade greco-romana de trivium e quadrivium No trivium, estudavam-se: a lógica, a gramática e a retórica). No quadrivium, estavam a aritmética, a música, a geometria e a astronomia.
DdAB
Alerta: pode ser que no meio do texto que pensei ter escrito, algum androide tenha encaçapado algum bacalhau de um autor famoso, especialmente, do androide do Diário Popular.
Créditos: esta Medeia, de Paul Cézanne retirei-a da Wikipedia, em homenagem à peça Gota d'Água, que acabo de ver no Teatro Bourbon Country.

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