28 julho, 2015

Promover a Indústria 7



Querido diário:


Tenho postado até este momento seis memoriais discutindo a importância do setor secundário para a promoção do desenvolvimento econômico. De onde venho? Venho consultando-o desde aqui:

There are powerful empirical and theoretical arguments in favour of industrialisation as the main engine of growth in economic development. The arguments can be summarised as follows:

7. Linkage and spillover effects are stronger in manufacturing than in agriculture or mining. Linkage effects refer to the direct backward and forward linkages between different sectors. Linkage effects create positive externalities to investments in given sectors. Spillover effects refer to the disembodied knowledge flows between sectors. Spillover effects are a special case of externalities which to refer to externalities of investment in knowledge and technology. Linkage and spillover effects are presumed to be stronger within manufacturing than within other sectors. Linkage and spillover effects between manufacturing and other sectors such as services or agriculture are also very powerful.

Desde que pedi ao Google Images o que ele tinha de "spill over", vi maravilhas. A ilustração que nos encima é a primeira, primeiríssima, que apareceu. E o Google Tradutor falou em "transbordamento". E "linkage"? É "ligação, acoplamento". E daí? E tem aquele "trickle down", que se traduz por "pingar", "gotejamento", que são intuições interessantes, mas que nem sequer chegam a assumir o caráter de importantes. Que digo? Já digo.

Tenho dito que os linkages são praticamente irrelevantes. Ou seja, aumentar os linkages de um setor significa que ele estará usando mais insumos para gerar o mesmo ou -tomara- mais produto. Mas pode ser o mesmo, não é mesmo? Digo mais: imagina que um produto importado cria espantosamente grandes reduções de custos que baixam generalizadamente os preços e, como tal, caem os valores de todos os insumos. Cairão, claro, os linkages. Mas isto está longe de ser algo desejado na economia. E mais: naquela decomposição dos efeitos da variação da demanda total entre dois anos, fala-se em um efeito tecnológico e outro efeito de variação na demanda final. Este efeito tecnológico só faz sentido se for negativo, ou seja, se os linkages forem menores para gerar mais produto.

E os spill-overs? Dá uma olhada aqui, a fim de ver o que penso sobre as potencialidades dos gotejamentos da rama da mandioca, do suor do rosto dos engenheiros e marketeiros para fazerem redes de distribuição (setor serviços) internacionais dos produtos agroindustriais. A propósito, parece que quando esse nosso autor fala em indústria, ele não exclui agroindústria.

Por fim, os linkages, spill-overs e trickle-downs podem perfeitamente ocorrer com produtos importados (se houver divisas para os importar, claro). Mas o principal é que quem faz a difusão da inovação tecnológica e organizacional é mesmo o pessoal dos serviços, serviços prestados às empresas, mesmo que lotados em departamentos de dentro da firma.

DdAB
Imagem aqui.

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