15 julho, 2015

Meus Economistas Preferidos


Querido diário:

No outro dia, um de meus economistas preferidos, o prof. Cássio Silva Moreira, disse-me que seus economistas preferidos são:

Karl Heinrich Marx
John Maynard Keynes
Joseph Alois Schumpeter
John Kenneth Galbraith

E fiquei pensando nesta lista de economistas estrangeiros. Por provocação, talvez, digo que meus economistas preferidos é the one and only Samuel Bowles, autor de incontáveis artigos e livros, dos quais destaco o livro de microeconomia.

E depois fiquei pensando que gosto dos quatro de Cássio, claro, menos de todos o velho Schumpeter, não sei bem porquê, eu, logo eu, que fui aluno de Chris Freeman, meu professor da University of Sussex e uma espécie de homem que não deixou Schumpeter morrer ainda lá nos anos 1960s. Quanto a Galbraith, tenho um livro dele, em português, em que ele se declara anti-igualitarista, o que muito me vexou. Mas tenho outros livros que me maravilharam.

Aqui mesmo falei em Keynes e coloquei-o ao lado o Richard Goodwin que, na realidade, trabalhava sobre a matriz de insumo-produto do velho Vassili Leontief. O russo-americano tá na lista em lugar de destaque.E talvez meu preferido entre todos os outros seja mesmo o velho Richard Stone, sua matriz de contabilidade social e as outras tantas coisas que li e ouvi, inclusive estrondosos elogios rasgados pelo prof. Carlos Henrique Horn.

Mas, durante meu pós-doutorado na Freie Universität Berlin, li cinco livros que sempre desejara ler e não achava tempo no Brasil (além de centenas de outros itens, incluindo livros, olha a injustiça, omissão acima, o último livro de meu amado e competentíssimo orientador, Andrew Glyn). São eles:

.a. BESANKO, D. et al. (2006) A economia da estratégia. Porto Alegre: Bookman.

.b. BOWLES, S. (2004) Microeconomics; behavior, institutions, and evolution. Russell Sage, Princeton University: .New York, Oxford.

.c. POTTS, Jason (2000) The new evolutionary economics; complexity, competence , and adaptive behaviour. Cheltenham (link para saber onde é aqui): Edward Elgar.

.d.RAY, Debraj (1998) Development economics. Princeton: Princeton University.

.e. RICKETTS, Martin (1987, 1994) The economics of business enterprise. Harvester Wheatsheaf: Hemel Hempstead.


E também referi ter lido naquele período, até mesmo porque se encontra ao lado desta turma em na prateleira (que cresce mais que a economia chinesa) dos livros amados, a última obra de meu amado orientador:

GLYN, Andrew (2006) Capitalism unleashed; finance glogalization and welfare. Oxford: Oxford University.

Tem até uma piadinha no Prefácio protagonizada pelo grande economista marxista japonês:

Makoto Itoh gave me the excelent advice that if I didn't want to write a long book I could try writing a short one.

DdAB
Imagem: já que o assunto é o panteão da ciência econômica (expressão cuja inserção em meu léxico devo ao prof. Maurício Chalfin Coutinho), ilustrei com o Panteão de Lisboa (daqui).

P.S. Na postagem que intitularei "Morno Marxismo: isto é comigo?", falei em outros economistas que muito prezo. São eles John Hicks e James Meade. E se eu quiser ser sincero e fiel, superando os problemas de memória quase heptagenária, deverei acrescentar mais gentes por estas bandas!

2 comentários:

Cássio disse...

Poderia acrescentar hoje outra pergunta (provocativa):

Os 5 melhores presidentes que o Brasil já teve?

Minha resposta:
1º Getúlio Vargas
2º Lula
3º João Goulart (pelo que ele fez no curto espaço de tempo e pelo que pretendia fazer)
4º JK
5º Geisel

... DdAB - Duilio de Avila Berni, ... disse...

Cheguei depois da festa, Cassio! Mas, dado que vi o comentário um tanto casualmente, respondo com galhardia. Ando tão desiludido com os 57 milhões de votos que foram conferidos a Jair Bolsonaro na eleição para presidente da república de 2018 que não consigo pensar em melhores presidentes. A questão é diferente, se penso nos piores. Para falar apenas da turma de meu tempo, cito um trio que me parece imbatível e imutável. No passado também teve cada um de arrepiar, inclusive o lúbrico e glutão Pedro I. Meu trio:
.a Jãnio Quadros
.b Fernando Collor
.c Jair Bolsonaro.
DdAB