23 julho, 2014

Três Importantes Inovações Institucionais


Querido diário:

Já vemos o dia 22/jul/2014 quase acabando. E eu tenho algumas coisas para falar como consequências de reflexões que fiz sobre três notícias lidas no jornal ZH (hélas) de hoje.

PRIMEIRA
Dunga será o novo treinador da seleção (7x1) brasileira. Dunga está para o penta assim como Felipão está para o tetra. Vejamos, o futuro dirá quem se elegerá para presidente da república, em quem votarei, e quem será o campeão da copa do mundo de 2018.

SEGUNDA
Cinema antecipa estreias dos filmes da atual sexta-feira para a quinta-feira. Nestes meus 67 anos de existência já vi as estreias serem escritas "estréias", já vi em ação em meus livros a ortografia de 1943 (a que mudou os Estados Unidos do Brazil para Estados Unidos do Brasil, uma inovação formidável), a de 1973 (que retirou o chapéu do "fêz", pretérito perfeito do indicativo do verbo fazer) e a de 2009 (que tirou o acento agudo de "idéia") [datas aproximadas]. Também vi três tipos de tomadas elétricas para as paredes do, então, Brasil. E, claro, já vi estreias de filmes nas segundas-feiras, nas quintas-feiras e em todos os demais dias da semana, se não exagero.

TERCEIRA
O governo federal (hélas) oferece mais uma assacada contra o turismo de fronteira: queda na liberação de importação de US$ 300 por pessoa por viagem para US$ 150. Racionamento por quantidades, ou seja, estupidez. E por que partir para a estupidez? A fim de segurar outra ainda maior, que é esta taxa de câmbio de R$ 2,3 por dólar americano. Pode?

Moral da história: a história não tem moral, ou melhor, o governo, a sociedade brasileira não tem moral, não tem instituições duradouras, não tem a menor chance. Mais moral: apenas a bebida é que me leva a declarar que votarei em Dilma para presidente da república e Tarso Genro para governador do descalabrado Rio Grande do Sul. Mas o que eu quero realmente é uma constituinte, pois este sistema político está mais uma vez falido, aliás, nunca foi salvo, acossado que foi pelas mudanças ortográficas, pelas mudanças nas tomadas elétricas e no escandaloso protecionismo que grassa na política cambial.

Só bebendo!

DdAB
A imagem é daqui. Dado o adiantado da hora, não viajei no site. Nem sei se ele é a favor ou contra o consumo desenfreado de álcool. Eu, claro, sou a favor, pois diz-se por lá que a bebida prende e eu acho que ela liberta muito mais do que o voto obrigatório, o voto proporcional (não distrital) e tantos outros atentados ao bom-senso.

Como conciliar que não quero mudanças nas instituições e quero constituinte? É tolice mudar a ortografia, mas sapientíssimo impedir que gente que não vota com a cabeça seja obrigada a "exercer seu direito". Moral da história: a publicação desta postagem fugiu mesmo do dia 22/julho.

P.S. pequenas editadas às 10h35min de 23/jul/2014.

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