08 março, 2012

Escolha Doentia x Escolha Racional

querido diário:
neste dia internacional da mulher, há muita coisa em discussão. não quero entrar nela, por achar que nada há de mais justo do que comemorar a "nova mulher" com um dia específico. eu até diria que este dia internacional deveria ser semanal. mas o dia anual, ao contrário do dia diário ou dia semanal, é de mais difícil olvido. por exemplo, eu declarei que todos os dias são os meus dias e, volta e meia, tenho-me esquecido de comemorar. hoje, por exemplo, faz um ano que comemorei o dia 8 de março como um de meus dias pela última vez.

e será doentia minha escolha de todos os dias do ano para, digamos, homenagear-me? também deixemos em suspenso esta palpitante questão, uma vez que o marcador da postagem não é "Vida Pessoal", se é que não me já alonguei nelas (you know isto de 'não me já', machadianos?).

pois tenho duas expressões em inglês para ajudar a pensar: craving e hankering. comecemos com o Webster/papel:

craving: vehement and prolongeg desire, a longing, as for food, drink, etc.

hankering: a keen appetite that causes uneasiness till it is gratified; vehement desire to possess or enjoy; hearning; craving.

primeiro: o hankering terminou evocando o craving, que não evocou o hankering. isto sempre me evoca que Lili (craving, no caso) deu o bolo em Joaquim, no caso. e casou com J. Pinto Fernandes (hankering), que não tinha entrado na história.

segundo: sabemos que nossos antepassados profissionais, os economistas dos anos 1940, criaram um trio que excluíam de suas preocupações, a fim de não complicar excessivamente a modelagem: as crianças, os criminosos e os loucos. sua (deles três grupos) autonomia decisória é apenas parcial. pensar no que motiva um louco, por exemplo, a jogar bingo compulsivamente ou a comer 35 totosinhos (cachorro quente das festinhas infantis porto-alegrenses contemporâneas) de vereda (como diz o gaúcho interiorano).

o problema da teoria da escolha racional é outro: como é que sei quando alguém não age racionalmente? por exemplo, juro que a criança que corta o dedo não está no modelo, mas também podemos explicar que o adulto que corta o lábio com canivete o faz apenas de modo acidental. exceto no filme "Pai Patrão", quando o soldadinho o fez deliberadamente, a fim de não ser eliminado do quartel, que era sua salvação da vida rude e severa das lides do campo.
DdAB
p.s.: tudo isto para não falar da violência do adulto contra a mulher e contra a criança. e para não falar tampouco da violência de adultos de ambos os gêneros contra adultos de ambos os sexos.

4 comentários:

Bípede_Pensante disse...

E hoje eu achei que essa história de comemorar a si próprio todos os dias antes de qualquer coisa era parecido com aquilo que nos dizem sempre que resolvemos desafiar a lei da gravidade: "Em caso de acidente, máscaras de oxigênio cairão sobre suas cabeças. Coloque-os primeiramente sobre o seu nariz e sua boca..." E isso faz todo sentido. Afinal de contas, quem deixou de respirar não vai poder ajudar ninguém mais a fazê-lo, né não? Talvez seja por isso que os nossos ancestrais que carregavam uma quantidade exagerada de gens-bonomo não tenham deixado muita descendência -hehehe.

... DdAB - Duilio de Avila Berni, ... disse...

e será que foi essa macacada que inventou o brocado "a virtude está no meio?" há dois inimigos públicos: a baixa auto-estima e a alta-autoestima!
DdAB

... DdAB - Duilio de Avila Berni, ... disse...

e será que foi essa macacada que inventou o brocado "a virtude está no meio?" há dois inimigos públicos: a baixa auto-estima e a alta-autoestima!
DdAB

... DdAB - Duilio de Avila Berni, ... disse...

e como será que o www.blogger.com duplicou minha singela mensagem? apagá-la? nem pensá-la!
DdAB