31 maio, 2011

Maniqueísmo Feminino e Igualitarismo Econômico

querido diário:
hoje é um dia festivo, outonal e nublado. festivo porque (marcador Vida Pessoal), voltarei a andar de bicicleta no fim-da-tarde, o que ocorre às 18h00, neste paralelo ao equador. outonal porque é outono mesmo... nublado porque há nuvens obnubilando a ascensão reta dos raios do sol, ou vice-versa. sobre o maniqueísmo: nem Madre Tereza era tão santa nem Madonna era tão boa cantora...

conclui-se que a discussão não deve ser se mais oferta monetária causa inflação, mas que medidas fiscais (gastos ou tributos) e monetárias (juros, encaixes no banco central, empréstimos compulsórios) avalizam ou anulam determinadas polítidas que mexem com o lado real. mexer com o lado real é mexer tanto com o valor adicionado quanto com a matriz de relações interindustriais e a matriz de relações interinstitucionais.

os velhos professores (eu mesmo) costumavam ensinar os alunos (eu mesmo) que existe um fluxo circular da renda, fazendo-a mover-se entre as famílias e as empresas. eu abjurei há tempos esta tolice, substituindo-a pela visão associada à matriz de contabilidade social, em que aparecem o mercado de bens (produtores e instituições), o mercado de fatores (locatários dos serviços dos fatores e produtores) e o mercado de arranjos institucionais (instituições e locatários dos fatores de produção). mais ainda, este mercado, que gera a distribuição funcional da renda (ou seja, o valor adicionado quando mensurado pela ótica do produto) vê a transformação da renda remetida pelas instituições engordada pelas transferências interinstitucionais para gerar algo que deve ser chamado de relações institucionais duplamente resolvidas.

ou seja, por analogia à resolução da demanda final em insumos intermediários gera o valor da produção resolvido. o valor da produção resolvido gera o produto interno bruto resolvido. o produto interno bruto resolvido gera a renda interna bruta resolvida. esta gera as relações institucionais duplamente resolvida. as simple as that.

pois bem, de posse destes conceitos, torna-se fácil entendermos que a única maneira realmente exógena de mudarmos a magnitude do valor adicionado é mexermos no crédito: crédito para produtores e crédito para instituições. ou seja, crédito ingressando no sistema por meio das relações interindustriais ou relações interinstitucionais.

entendeu?
DdAB
p.s.: a imagem, bem maniqueistinha, é daqui. ademais, também é maniqueísta falar em "maniqueísmo feminino", como se o maniqueísmo masculino fosse menos maniqueísmo. a borboleta gera luz e um objeto não identificado gera uma fumacinha caoticíssima.

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