20 agosto, 2010

Sistema Judicário: também pudera...

querido blog:
este organograma (ver fonte) não contém o que, no outro dia, chamei de "sistema judiciário", mas bem dá uma ideia de que ele não pode funcionar mesmo! três instâncias, milhares de divisões e subdivisões. e o pior é que, por aqui, não vemos outro lado da questão judiciária, claramente de caráter multifacetado. por exemplo, a polícia deve ser considerada parte integrante do sistema judiciário, mas não apenas ela. outras instâncias do poder executivo, como a assistência social e a assistência médica também devem integrar esta totalidade.

noticiazinha de dias atrás (e repetidinha no outro dia) deixou-me saber que os juízes já pediram (e é claro que serão atendidos) novo aumento, de cerca de 10%, passando a cerca de R$ 30mil mensais. 60 salários mínimos, ou um pouquinho menos. uma corte de trabalhadores poderia substituir cada juiz de direito. ainda assim, nem tudo é clube da baixaria nesse corpo corporativo. na p.10 de ZH de hoje, Rosane de Oliveira informa que o supremo tribunal proibiu que funcionários do tribunal (outro, sei lá, que não consta do organograma acima) ganhem mais do que o teto remuneratório estabelecido em lei. o interessante é que anteriormete eles recebiam mais, a lei não era levada a sério pelos governantes. mas, se a lei autorizar ganharem R$ 30mil mensais, seguirei dizendo que a lei não é levada a sério pelos governantes e sigo na campanha do fechamento do poder judiciário e abertura de um sistema judiciário atrelado ao poder executivo. quem são esses cidadãos milionáros para julgar o povo? ilegítimos!

de outra parte, falta eficiência no sistema judiciário, que está preocupado em indexar seus rendimentos, conforme também noticia a p.10 do combativo (?) jornal. quer uma prova? o desmando é tanto, a impunidade tornou-se uma manifestação cultural importante que a polícia militar recebeu até o final do mês de julho 195mil trotes telefônicos, denunciando falsas situações e emergência. e gastou R$ 225mil neste processo, entre o funcionário que atendeu ao grãbel e o deslocamento da viatura ao local suspeito de bandidagem.

pensei que, como a entrada de telefones celulares nos presídios é prática diuturna, os bandidos pudessem ter-se organizado e ficar o tempo inteiro passando trotes na polícia, a fim de permitir a seus parceiros agirem com lisura, se é que este é o termo. mas 195mil não é número para ajudar a entender esta encrenca: claro que não tem tanto preso. em média, são menos de 40 telefonemas por dia, o que já torna esta inana mais tratável judicialmente, caso houvesse justiça, lógico. rigoroso inquérito, punir exemplarmente, essas são expressões incorporadas ao lexicon da cidadania e que não servem para nada. poderiam servir quando cada juiz vale 60 trabalhadores?
DdAB

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