26 agosto, 2010

Excesso de Informação etc.

querido blog:
parece ideia fixa: vou voltar a falar do infinito e suas possibilidades terráqueas de domesticação. mas termino mesmo é dizendo que o que entendemos por infinito bem pode finar-se a qualquer momento... mas que ilustraçãozinha tão pequeninha é esta? para ver o original antes de minha edição costumeirinha, clique aqui.

e que têm os olhos de Geraldine a ver com o infinito, o excesso de informação, e por aí vai? tem que uma vez li que ela declarou que lia dois livros por semana. se eu viver 107 anos (pois comecei a ler apenas aos sete), seriam 2 x 365 x 100 = 73.000, isto se eu lesse dois livros por dia, menos do que dois anos dos novos lançamentos em alemão. fica um universo absolutamente inconcebível de conteúdos que jamais compulsarei...

e isto ainda implica que eu nunca mais poderia reler "Insônia", "Memórias do Cárcere", "O Tempo e o Vento", "O Senhor Embaixador", Machado de Assis, X de Y (escritor que vai nascer apenas daqui a dois anos e estreará na literatura precisamente no dia em que, se tudo correr bem, eu completarei 93 anos de idade? é pau!

o excesso de informação na vida moderna é uma realidade inarredável da vida moderna, ou seja, de nossas vidinhas. também terei lido em Chico de Oliveira que quem não consegue descartar-se do excesso de informação, fica louco. e também li nos tempos do "Julinho" que "não nos devemos empanturrar de livros". e Fábio Erber, que disse há 30 anos, numa resenha bibliográfica sobre o progresso tecnológico, que não mais poderíamos ler tudo o que já fora publicado sobre o tema?

e eu já falei tudo isto em outras postagens? qual a redundância, a entropia? e quais serão os mecanismos que criaremos para lidar com isto?
DdAB

2 comentários:

Sílvio e Ana disse...

Acho que deveríamos parar de pensar tanto nessas frescuras e trabalhar de verdade, pegar na enxada. O cara que trabalha, em vez de eminhocar, e assiste o seu futebolzinho, não sofre com nenhum excesso de informação. Agora, a gente quer ser intelectual...tem mais é que sofrer mesmo.
(Sílvio)

... DdAB - Duilio de Avila Berni, ... disse...

é, Sílvio:
a verdade é que eu não consigo. não fossem todos os eminhocamentos que a moderna cosmogonia leva-me a considerar, teria ainda um cálculo que iniciei a fazer e não consigo chegar a um final sensato: multiplicar o número 2 por si mesmo 64 vezes e criar uma árvore de eventos para estabelecer o local exato de todas as jogadas possíveis do xadrez. em outras palavras, estou condenado a sofrer por não ser um bom intelectual
DdAB