29 maio, 2010

Fim do estado nacional

querido blog:
há três e apenas três indicadores insofismáveis do fim do estado nacional:
.a. a unção do BigMac como o sanduíche de paladar absolutamente universalista
.b. a morte de três crianças em atropelamento na noite que passou
.c. o desejo do governo brasileiro de quebrar o anonomato da internet.

naturalmente, o primeiro acena com um mundo luzidio, como atesta a crônica de Cláudia Laytano da p.2 do globalizado jornal ZH. ela conclui que é a partir do global que teremos a mais escorreita reafirmação do local tá com tudo, a Claudinha.

naturalmente o segundo aponta para o estado totalitário em que o culto da velocidade é apregoado por tudo quanto é móvel, humano ou imaterial, como os íncubos que assoreiam a alma de muito (todos?) político dos dois hemisférios.

naturalmente o terceiro é de última, merecendo apenas uma cuspidinha de banda e os dizeres: "política no brasil? não vote. mas, se tiver que votar, anule o voto".

DdAB
captura da imagem:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEix7tkg2dTGc3WoSBrlc73btSA6cb1-Qx7lw-cQKg-0d176ZMGTrSYXnJV9heOLOiFWCA75KDnyp6TU-2EiS2MjebdX4hpUHnRjtunpaEkUVgsE_MZdROMpEawSeASzLCIWS1VWfYBy2jg/s400/Swiss_cheese.jpg

2 comentários:

Anônimo disse...

Acredito que estamos nas vésperas de experimentar nesse país e nos nossos vizinhos algo inédito. Nem a existência de um Estado liberal e pequeno e nem um Estado ativo e interventor. Estamos diante a formação de uma monarquia democrática, onde o Estado se reveste de todo o poder que lhe é conferido e um pouco mais, satisfazendo seus proprios interesses. Um Estado muito grande, grande demais, interventor mas, que ainda sim manterá seus laços de amizades com as grandes corporações e as facções criminosas. Seu poder crescerá a ponto de evitar a censura, desde que não se fale mal do governo. Temo pela nação onde o povo comemora o investment grade e não tem educação sufuciente para traduzir o que o termo se refere.

... DdAB - Duilio de Avila Berni, ... disse...

Sabe-se como é que apenas hoje é que achei este comentário. Reafirmo meu ponto absorvido desde que estudei a teoria da escolha pública e o livro de microeconomia de Samuel Bowles. Estado-mercado-comunidade devem conviver em harmonia. No Brasil, o vilão é a falta de:
.a. reforma política
.b. reforma tributária
.c. financiamento da educação e empreendedorismo
DdAB