20 abril, 2010

falhas de coordenação

querido blog:
sempre que alguém, como dizíamos em Jaguari e algures, apela para a ignorância, os indivíduos de boa-vontade devem lamentar. sempre que um exército age coordenadamente de modo a destruir o adversário (ou derrotá-lo, dado o prévio apelo à ignorância), também devemos lamentar. sempre que uma torcida futebolística apela para a ignorância etc..

naturalmente qualquer solução pacífica é melhor, sob o ponto de vista social, do que qualquer solução belicosa. isto não implica ausência de competição, competitividade. a competição pode ser feita em termos absolutamente cândidos. o uso de recursos para depreciar os outros é que é socialmente condenável. ainda assim, os problema de coordenação existem em ampla escala em todos os aspectos da vida societária. quero acrescentar documentadamente (até por aí...) mais um deles.

ocorre que, dias atrás, um jovem foi eletrocutado ao sentar-se em um banco postado em uma parada de ônibus e colocar os braços sobre um balaústre. alguns governantes foram mais reticentes do que outros em assumir a óbvia responsabilidade pelo fato. se os governantes alegam -para justificar seus altos rendimentos- estarem onde estão por chamada popular e para atender aos interesses então segue-se logicamente que choques elétricos, assaltos a mão armada, assaltos de descuidistas, mau cheiro dos bueiros, o que quer que pensemos na vida comunitária, ocorre por desígnios ou omissão dos governantes.

como não poderia deixar de ser, ontem o novo prefeito da cidade visitou a família da vítima, a fim de qualificar-se para mais uns votos (pelo menos foi o que me disse um menino de rua...) nas próximas eleições. o jornal Zero Hora noticiou o fato em sua p.30 da edição de hoje. ocorre que ontem, ouvindo a Rádio Gaúcha AM (do mesmo conglomerado que abarca ZH), um repórter denunciou que o delegado fulano, encarregado do inquérito policial para apurar responsabilidades sobre o dolo, após esperar inutilmente pela chegada (voluntária) de funcionários municipais (da EPCT) abarcados pelo caso, jurou que a próxima convocação será formal. o próprio repórter conjeturou que o prefeito ficaria furioso com isto. na Zero Hora de hoje nada consta sobre esta desagradável fuga dos governantes municiapais e seus prepostos. para não pensar em incompetência ou má-vontade ou interesses escusos (o que sempre penso, quando se trata de políticos brasileiros), estou atribuindo o fato a um simples problema de coordenação na ação dos agentes. bonito, né?
DdAB
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