03 janeiro, 2010

Beijjockaish

Querido Blog:
Esta imagem com certo sabor marcantemente anarquista veio-me quando campeei um pouco sob o nome "bjk". Bisquei-a, pois estava viajando em torno do título que apus à postagem de hoje. Bjk é a saudação encontradiça nos e-mails postados antes de 01/jan/2010, mas acho que nestes dois dias e tanto do novo ano, teremos (nós, os terráqueos) digitados mais centenas de milhões de vezes, particularmente, se contarmos os ideogramas chineses correspondentes.

Tempos atrás, desejando alongar-me no tema da despedida, criei (creio, crivei) "bjcks", depois, veio-me a versão estendida "beijocks" e finalmente a epígrafe, nomeadamentte, as "beijjockaish", que recende a sotaque carioca e catarinense/ilhéu. São 12 dígitos, o que -naturalmente- alonga a despedida. Vejamos as consequencias deste alongamento sobre pessoas que, nossos descendentes, terão horizontes de vida extraordinariamente mais dilatados do que os de nossos bisavós.

Pois bem, uma pessoa de meu porte consegue estes 12 "toques" em cerca de 4seg, ou seja, a cada 15 e-mails que respondo, com a mensagem do canônico "Feliz Natal e Próspero Ano Novo", aponho "beijjockaish", para disfarçar a cacofonia que tanto me desagrada do "a-nono-vo", o que não deixa de ser, por contraste, homenagem a todos os avós e nonos da história (ver postagens sobre o significado da história).

Pois ainda mais bem. Com um minuto usado para 15 mensagens, claro que teremos que gastar uma hora para enviar 300 mensagens, e assim por diante, perdazendo 2.628.000 em um ano. Ou seja, a finitude de minha vida requer que eu não passe um ano inteiro de minha existência escrevendo "beijjockaish", ao invés de "bjk", pois tenho coisas mais úteis do que ficar escrevendo "beijjockaish". Por exemplo, escrever no blog. E coisas ainda mais úteis do que escrever no blog.
DdAB
Twitter 1: li num gibi: "Não existe o afeto, apenas manifestaçáo do afeto". Reescrevi num papelzinho para: "Nunca percebemos os afetos. O que nos chega aos sentidos são apenas as manifestações dos afetos."
Twitter 2: no clima da enorme afetividade que percola por Pescara, lembrei-me de que a seginte sentença foi ou pode ser articulada, no caso de eu comprar um caminhão e querer escrever algo sensível no pára-choque: "Nada peço do amanhã, porque meu hoje é sempre!" Isto, claro, cheira a Cecília Meirelles.
Twitter 3: ontem indagamo-nos (Eduardo, Sueli e myself) qual é a raiz quadrada de um tijolo. Bem, não foi bem isto. Indagamo-nos quando é que começou-se a produzir tijolos. A Wikipedia em inglês e a em prtuguês falam em 7.500 a.C., ou selah, talvez precisamente nos momentos em que a humanidade iraniana abandonava o nomadismo e começava os fundamentos da cidade. Abaixo, de despedida, vemos uns tijolaços romanos.

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