01 janeiro, 2009

Reforma da Natureza

Querido Blog:
Começa o ano ímpar, é uma boa notícia, pois o par 2004 trouxe-me uma piadinha original de Adalberto Maia (não confundir com Adalberto de Avila): tomara que acabe. Mas acabou bem, o danadinho. Este ano começa com uma barbaridade. Parece que a turma não leu "A Reforma da Natureza", de Monteiro Lobato, história em que o Sr. Américo Pisca-Pisca (ainda terá hífem?) decidiu reformar tudo, inclusive o tamanho das jacas. Naturalmente, como o Sr. Bacamarte, o alienista de Machado, Américo morreu de modo inglório. No caso, parece-me que seu fim deu-se entaladamente numa fresta, a fim de não ser deglutido por predadores que se fizeram mais, digamos, afoitos, dadas as mudanças de tamanhos relativos. Seria, parece, o caso de um leão, por exemplo, assumir dimensões caseiras.

Para as palavras loucas dos gramáticos ("pau, pau e pau neles", diria Machado, citando Carolina of Such), cito apenas a "Mad Party Tea", de Lewis Caroll. Impossível manifestar meu descontentamento com esta tragédia que vai assolar a cultura brasileira, por causa da espúria relação entre o estado e grupos de pressão de apaniguados. No caso, são os mesmos que beijam os recursos da Lei Sarney e outras leis de outros apaniguados e que -agora- decidiram apenas mudar a língua do Brasil, a fim de cultivar o que chamam de "português", língua passível de ingressar como oficial da ONU e outras barbaridades.

O Conselho de Segurança também. E por aí vai, mas o mundo não acabou, pois a Índia acaba de enviar uma equipe de mais de 2.000.000 de astronautas à Lua. Simplesmente o Sr. Cyrano de Bergerac já está sepultado há muito tempo, pois sua apoplexia poderia encher de perdigotos até a própria Lua.

Saudações, esperançosas de que, para o resto do ano, o humor melhore e a carteira de clientes prospere!
DdAB

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