24 janeiro, 2009

DeLong IV e o Mancinismo

Querido Blog:
Como sabemos, hoje é o dia do casamento entre Lis Fonseca e Duilio Berni. Claro que não é meu casamento, as you might know. Em outras palavras, trata-se do casamento de Lis, claro, com Duilio Landell de Moura Berni, o meu beautiful boy, expressão que evoco da canção de John Lennon que leva este nome e que começa dizendo: "Close your eyes, have no fear, the monster is gone, he is on a run, and your daddy is here. Beautiful boy etc." Mais adiante, ele diz uma das frases mais lindas que conheço. Conheço mais de 100, as you might know: "Life is what happens to you while you are busy making other plans". Para mim, é isto mesmo: o importante são os planos, o posicionamento no R/i, pois o que o R^3 nos leva a fazer é prosaico. Como sabemos, R/i é o mundo da realidade imaginada e R^3 é a realidade realmente real. A primeira é o mundo das contingências, pois penso o que bem entender, especialmente o impensável. E o R^3 fala, neste sentido, do mundo da necessidade. Tirando lá minha veia determinista, eu diria que tudo o que acontece fora de mim é necessário, ainda que eu possa influenciar aqui e alj, como o fiz agora, escrevendo "ali" como "al" e "j".

On the other hand, ouço a www.Accuradio.com/jazz/piano, com a Madame Astrud Gilberto, fazendo lá suas próprias meditações. Não me fazendo de rogado, vou meditar mais sobre o significado da foto acima: aparentemente um clube de mancinos, palavra que estou tentando introduzir na língua portuguesa, para ser sinônima de "canhoto" ou "sinistro", sei lá. Ora, "mancinismo" é sinônimo dicionarizado de "canhotismo". Segue-se logicamente que tenho o direito lógico e legal de dizer que sou mancino. Eu, a macacada da foto acima, se assim o é, macacada e mancina, o Pelé é mancino, como sabemos. Parece que a Princesa Diana também, como o saberia eu. E há outros na foto, cuja esquina (no sentido de 'cara') desconheço... E falo isto, pois dizque Obama é canhoto, epa, mancino, o que está sendo muito festejado como nova e incontestável prova de que o mundo será salvo por ele.

Seja como for, on the third hand, como vemos em minha postagem de 13/jan/2009, o quarto mandamento do Proféssor Bradford DeLong deixou-se ler como:

Por último, os bancos centrais continuam dispostos a intervir para impedir a retirada em massa de depósitos, mas a hipótese de um ligeiro ajustamento do setor financeiro tem poucos defensores. A visão de consenso é a de William McChesney Martin, que foi presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos da América: um banco central evita a excessiva especulação, “eliminando as bebidas alcóolicas antes que a festa fique muito animada”.

Esta da festa ficar muito animada é interessante. Foi uma farra o que vimos pelo menos desde a dupla Tatcher-Reagan. O descaso do filho de Ronald Reagan, nomeadamente George Winston Bush, com o meio-ambiente, Kyoto, essas coisas, é apenas uma prova da irresponsabilidade de certos rapazes da própria matriz que obstruem o processo civilizatório conduzido pelos Estados Unidos. Não que o racismo seja um elo progressista no rumo do futuro. Mas o fato nada modesto de eles terem parado de atirar bombas atômicas no meio-ambiente já é adesão importante não digo ao protocolo de Hiroshima, sei lá, mas permite que se desrespeite a velha capital imperial...

Como sabemos, o valor das mercadorias produzidas em uma ano é dado por MV/P = Y, ou seja, pelo Banco Central. Se não sabemos é, talvez, porque ainda não publiquei meu paper na American Economic Review. Isto significa que, ainda que não houvesse banco central na Babilônia ou em Chartres/1400, havia mecanismos similares de validação do "trabalho social", tudo tendo começado com a troca entre um arco e um castor, ou melhor, um homem passou 3,21 arcos para o outro, em troca de dois castores, um troço destes.

Se o Banco Central não regular a organização do instrumento de medição do valor das mercadorias, não será o mercado que o fará. Se o mercado tiver lucros extraordinários, não será a comunidade que o punirá. Para isto é necessário o imposto de renda. Ouviu? O imposto de renda, administrado pelo governo, mas fiscalizado pela comunidade. Esta é que pode impedir o Dr. Inocêncio de Oliveira de reter escravos em suas terras, bem como de que os odiosos lucros das telefônicas brasileiras seja integralmente creditado aos "acionistas". Cara, acionista nada mais é do que cidadão. E cidadão, em falhas lamentáveis de comunidade, podem ser linchados. E aparentemente é isto a que se encaminham os Estados Unidos, com a renda passando a concentrar-se de modo... modo brasileiro.

Somos forçados a concluir que "DeLong" e "mancinismo" não são dois temas afins.
DdAB

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