03 janeiro, 2009

Alegria de Viver

Querido Blog:
Aparentemente, pelo que dizem os calendários maias (de Adalberto de Avila e outros acólitos do Adalberto do 5), há dois e apenas dois inícios previstos para o ano de 2009:
.a. a próxima segunda-feira (terá hífem, este novo inferno que nos foi inflingido pela Academia Brasileira de Letras e seus acólitos no oficialismo?)
.b. a segunda-feira, dia 2 de março de 2009.
Segue-se logicamente que, quando falamos em alegria de viver, precisamos acautelar-nos, pois este anunciado 2009, com amplificação de expectativas funéreas, precisa colher-nos preparados para retornar cada revés com o otimismo cultivado, o que faremos com nossas cores preferidas.

Segue-se logicamente que decidi tornar esta postagem de Vida Pessoal mais colorida do que o arcoíris (os hífens, meu chapa). Procurei no Google-Images o identificador "alegria de viver" + "caos de viver", expressões, como sabemos, devidas à Dra. Carmem Daudt. Nada achei, fiquei apenas com a primeira parte e achei pilhas. Das primeiras imagens, selecionei -por cor- a que vimos acima. Atribuí-a a um parente afastado de Henri Matisse, um rapaz que ter-se-ia evadido de Santa Cruz de la Sierra e ido -com o Sundence Kid- trabalhar num cassino de Punta del Este.

Segue-a outra que penso ser do próprio Matisse. Ou era Gramsci ou Kokoschka? Ei-la:
Depois, este troço de "alegria de viver" fez-me chegar a esta simpática folha de rosto de uma "brochura nazista", como dirá lá sua fonte, creio que a Deutsche Welle, verstehe?
Nós, de profusos -mas nada profícuos- conhecimentos da língua de Goethe e Goebbles, traduzimos: "Vida é Saúde", mas ficaria melhor "Saúde é Vida", parece. Dizque o neguinho da foto assim estava depois de aprazível estada no Crematório de Wedding, nada casamenteiro por aqueles tempos. Nada a ver com a próxima estação de metrô, a Gesundbrünen, um troço destes.
Como sabemos, nesta penugem, nunca por lá (crematório) entrei, apenas contornei-o incontáveis vezes, postergando a visita solidária com os sofrimentos do mundo incontáveis vezes. No fim, não fiz a visita a nenhum desses monstrengos anazistados. Era meu protesto contra eles, os sofrimentos, os nazistas, os falsos pintores, as falsas cores, a redundante raiz quadrada de números imaginários, e por aí vai. Como cheguei na Prentzaler Allee, um troço destes, circulei por Gesundbrünnen, um troço destes, incontáveis vezes.
Ameniza o espetáculo as reprodução (concordância verbal complicada esta que a nova ortografia anda recomendando para os escritos imortais de Joseph Sarney) de Sonia Madruga. Ou é a própria ou é parente próxima de Matisse, Kandinski e Heitor dos Prazeres quem fez o primeiro quadro desta postagem.
Se não bastasse, bastar-me-ia. "Se puso emotivo el autor", teria dito Mafalda.
DdAB