02 novembro, 2008

55 Ladrões



Amado Blog:


Lendo Zero Hora, o jornal que escolhi para dar-me uma noção de como os observadores locais selecionam o que no mundo ocorre, hoje voltei a deparar-me com a preocupação de 55 ladrões, os deputados estaduais do Rio Grande do Sul, com a reforma política. Diz a colunista Rosane de Oliveira na coluna Página 10 "[...] que deve incluir o financiamento público de campanha, o voto em lista fechada e a fidelidade partidária. Um manifesto assinado pelos 55 deputados, defendendo a reforma política, será entregue na próxima quinta-feira [...]." Diz ainda que Raul Pont, nosso famoso Cachorrão, é um dos líderes do grupo. Eu fiquei esperando que este Mister Bridge começasse a se movimentar para criar outro partido, mais infenso -desta vez- à sanha dos predadores, pois já lhe vimos predados o PCB, o POC e o PT, not to speak of loads of unregistered attempts.

Não tenho otimismo para acreditar que tal lista também "[...] deve incluir [...]"
.a. a extinção do voto compulsório (ver a Palavra do Leitor João Luiz Couto Anzanello, médico de Porto Alegre, na p.2 do concorrido jornal; à qual -palavra- acrescento que devemos eliminar o odioso privilégio de rapazes de 16 a 18 e velhotas de mais de 70 de votarem voluntariamente),
.b. a inserção do voto distrital (não há representação sem terrotorialização!),
.c. a extinção dos estados (matando à míngua nossos 55 ladrões e mais de 550 nefelibatas, digo, sinecuristas) por meio da organização da administração pública com articulação de municípios formando uma federação (ou seja, federativa de municípios e não de províncias),
.d. a extinção do poder judiciário, dinamizando -por contraste- o conceito de "sistema judiciário" sob a égide do poder executivo (não tinha um troço chamado de ministério da justiça?), fazendo-se a administração da justiça uma tarefa executiva, com fiscalização, lógico, legislativa,
.e. o parlamentarismo, ou seja, o poder emana do povo e seu parlamento é que organiza o poder executivo, diferenciando goveno e estado, com plebiscitos e referendos realizados sempre que houver impasse entre o primeiro ministro e seus patrões (os deputados, que até poderiam ser chamados de "companheiros", não me oponho),
.f. a reeleição facultativa por um único período para qualquer político (executivos e legislativos, lógico), inclusive, lógico, os detentores de cargos de chefia no sistema judiciário,
.g. [...] eu ia seguir, mas uma de minhas netinhas mais instigantes acusa dores no ouvidinho e terei que encerrar estes escritos.

Pode? Cheer you.

DdAB

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